PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 29 de janeiro de 2019
Terça da III semana do tempo comum
Ofício
da memória- III Semana
S. José
Freinademetz
TERÇA-FEIRA
da semana III
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha
L 1 Hebr 10, 1-10; Sal 39 (40), 2 e 4ab. 7-8a. 10-11
Ev Mc 3, 31-35
* Na Diocese de Lamego – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de D. António José da Rocha Couto.
* Na Ordem Carmelita – B. Arcângela Girlani, virgem – MF
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – S. José Freinademetz, presbítero, primeiro missionário da Congregação na China – MO
* Na Congregação Salesiana (Lisboa) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora.
Missa à escolha
L 1 Hebr 10, 1-10; Sal 39 (40), 2 e 4ab. 7-8a. 10-11
Ev Mc 3, 31-35
* Na Diocese de Lamego – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de D. António José da Rocha Couto.
* Na Ordem Carmelita – B. Arcângela Girlani, virgem – MF
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – S. José Freinademetz, presbítero, primeiro missionário da Congregação na China – MO
* Na Congregação Salesiana (Lisboa) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora.
S. José Freinademetz,
presbítero
Primeiro missionário do Verbo Divino na China
Historia
José
Freinademetz nasceu no dia 15 de Abril de 1852 em Oies, um pequeno povoado
entre os Alpes Dolomitas do norte de Itália. Baptizado no próprio dia do
nascimento, herdou de sua família uma fé simples, mas firme, e um grande
espírito de trabalho.
Em 1872, entrou no seminário maior diocesano de Bressanone (Brixen), onde completou os estudos teológicos. Ordenado sacerdote em 25 de Julho de 1875, foi destinado pelo seu bispo para a comunidade de S. Martinho di Badia. Humilde, generoso, rico em humanidade e sincero, logo ganhou o coração de todos.
A sua crescente preocupação pelas missões levou-o a solicitar, em 1878, a admissão na casa missionária de Steyl, recentemente fundada pelo P. Arnaldo Janssen.
Depois de um tempo de preparação e de uma longa viagem, chegou à China em princípios de Agosto de 1879, onde juntamente com o P. João Batista Anzer, se encarrega da missão de Shantung-Sul, que contava com 12 milhões de habitantes e apenas 158 baptizados.
Desde o princípio, José Freinademetz procurou inculturar-se na difícil cultura chinesa. Quis aprender o chinês na perfeição; mas antes de tudo, procurou chegar ao coração dos chineses, entrar nos seus problemas, comer e vestir como eles. Numa carta que escreveu aos seus pais, em 1886, dizia: “Amo a China e os chineses e desejaria morrer mil vezes por eles.. o meio deles quero morrer e entre eles ser sepultado”.
Durante os 27 anos da sua vida na China, José Freinademetz desempenhou vários cargos como superior. No entanto, o que lhe importava era ser um irmão maior que fala com o seu exemplo e com a sua vida, mais do que com a lei.
Foram anos muito duros, marcados por longas e difíceis viagens, assaltos de bandoleiros e um árduo trabalho para formar as primeiras comunidades cristãs. Mas, como missionário, nunca fugiu nem desanimou perante os inúmeros compromissos.
Em 1900, depois de 20 anos de trabalho ininterrupto na China, por ocasião do 25º aniversário da Congregação, o P. Arnaldo Janssen convidou-o a vir a Steyl para participar nas celebrações comemorativas, mas José Freinademetz recusou, cortês mas firmemente, regressar à Europa. Era o tempo da luta dos “boxers” contra os europeus. Quando os outros missionários, seguindo a ordem das autoridades eclesiásticas, abandonaram as missões e se refugiaram no porto de Tsingtao sob protecção alemã, José Freinademetz preferiu permanecer junto dos seus cristãos e sofrer com eles, mesmo sabendo do perigo a que se expunha.
O trabalho incessante e as privações, com os anos, foram abalando o seu físico esbelto e robusto. Quando o bispo Anzer se deslocou à Europa, José Freinademetz assumiu a administração da diocese. Durante este período eclodiu uma epidemia de tifo e José, como bom pastor, não poupou esforços e a todos ofereceu a sua incansável assistência, acabando por contrair também ele a doença, vindo a falecer no dia 28 de Janeiro de 1908.
Nascido ao pé do monte de Santa Cruz, foi sepultado em Taikia, sob a 12ª estação da Via-Sacra. O seu túmulo tornou-se rapidamente um ponte de referência e de peregrinação para os cristãos chineses.
Em 1872, entrou no seminário maior diocesano de Bressanone (Brixen), onde completou os estudos teológicos. Ordenado sacerdote em 25 de Julho de 1875, foi destinado pelo seu bispo para a comunidade de S. Martinho di Badia. Humilde, generoso, rico em humanidade e sincero, logo ganhou o coração de todos.
A sua crescente preocupação pelas missões levou-o a solicitar, em 1878, a admissão na casa missionária de Steyl, recentemente fundada pelo P. Arnaldo Janssen.
Depois de um tempo de preparação e de uma longa viagem, chegou à China em princípios de Agosto de 1879, onde juntamente com o P. João Batista Anzer, se encarrega da missão de Shantung-Sul, que contava com 12 milhões de habitantes e apenas 158 baptizados.
Desde o princípio, José Freinademetz procurou inculturar-se na difícil cultura chinesa. Quis aprender o chinês na perfeição; mas antes de tudo, procurou chegar ao coração dos chineses, entrar nos seus problemas, comer e vestir como eles. Numa carta que escreveu aos seus pais, em 1886, dizia: “Amo a China e os chineses e desejaria morrer mil vezes por eles.. o meio deles quero morrer e entre eles ser sepultado”.
Durante os 27 anos da sua vida na China, José Freinademetz desempenhou vários cargos como superior. No entanto, o que lhe importava era ser um irmão maior que fala com o seu exemplo e com a sua vida, mais do que com a lei.
Foram anos muito duros, marcados por longas e difíceis viagens, assaltos de bandoleiros e um árduo trabalho para formar as primeiras comunidades cristãs. Mas, como missionário, nunca fugiu nem desanimou perante os inúmeros compromissos.
Em 1900, depois de 20 anos de trabalho ininterrupto na China, por ocasião do 25º aniversário da Congregação, o P. Arnaldo Janssen convidou-o a vir a Steyl para participar nas celebrações comemorativas, mas José Freinademetz recusou, cortês mas firmemente, regressar à Europa. Era o tempo da luta dos “boxers” contra os europeus. Quando os outros missionários, seguindo a ordem das autoridades eclesiásticas, abandonaram as missões e se refugiaram no porto de Tsingtao sob protecção alemã, José Freinademetz preferiu permanecer junto dos seus cristãos e sofrer com eles, mesmo sabendo do perigo a que se expunha.
O trabalho incessante e as privações, com os anos, foram abalando o seu físico esbelto e robusto. Quando o bispo Anzer se deslocou à Europa, José Freinademetz assumiu a administração da diocese. Durante este período eclodiu uma epidemia de tifo e José, como bom pastor, não poupou esforços e a todos ofereceu a sua incansável assistência, acabando por contrair também ele a doença, vindo a falecer no dia 28 de Janeiro de 1908.
Nascido ao pé do monte de Santa Cruz, foi sepultado em Taikia, sob a 12ª estação da Via-Sacra. O seu túmulo tornou-se rapidamente um ponte de referência e de peregrinação para os cristãos chineses.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 95, 1.6
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Glória e poder na sua presença,
esplendor e majestade no seu templo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso e eterno,
dirigi a nossa vida segundo a vossa vontade,
para que mereçamos produzir abundantes frutos de boas obras,
em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Hebr 10, 1-10
«Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Glória e poder na sua presença,
esplendor e majestade no seu templo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso e eterno,
dirigi a nossa vida segundo a vossa vontade,
para que mereçamos produzir abundantes frutos de boas obras,
em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Hebr 10, 1-10
«Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: A Lei de Moisés contém apenas a sombra dos bens futuros e não a expressão das realidades. Por isso nunca pode levar à perfeição aqueles que se aproximam do altar com os mesmos sacrifícios que indefinidamente se oferecem ano após ano. De outro modo, não teriam deixado de os oferecer, se os que prestam esse culto, purificados de uma vez para sempre, já não tivessem consciência de qualquer pecado? Ao contrário, por tais sacrifícios se evoca anualmente a lembrança dos pecados, porque é impossível que o sangue de touros e cabritos perdoe os pecados. Por isso, ao entrar no mundo, Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo. Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’». Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei. Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo. É em virtude dessa vontade que nós fomos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 39 (40), 2 e 4ab.7-8a.10-11 (R. 8a.9a)
Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade. Repete-se
Esperei no Senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus. Refrão
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou». Refrão
«Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade». Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos
os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Mc 3, 31-35
«Quem fizer a vontade de Deus
esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, chegaram à casa onde estava Jesus, sua Mãe e seus irmãos, que, ficando fora, O mandaram chamar. A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura». Mas Jesus respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?» E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha Mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
e santificai os nossos dons,
a fim de que se tornem para nós fonte de salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 6
Voltai-vos para o Senhor e sereis iluminados,
o vosso rosto não será confundido.
Ou Jo 8, 12
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor.
Quem Me segue não anda nas trevas,
mas terá a luz da vida.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus omnipotente, nós Vos pedimos
que, tendo sido vivificados pela vossa graça,
nos alegremos sempre nestes dons sagrados.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O
trabalho missionário é inútil, se não amamos e não nos sentimos amados»
«Não recuses nada a ninguém e não exijas nada para ti mesmo»
«A linguagem do amor é a única língua que todos os povos compreendem»
«Não recuses nada a ninguém e não exijas nada para ti mesmo»
«A linguagem do amor é a única língua que todos os povos compreendem»
S.
José Freinademetz
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Hebr
10, 1-10: Continuando
a comparação, entre o sacrifício de Cristo e os sacrifícios do Antigo
Testamento, a leitura mostra hoje como o que dá sentido e valor à oblação de
Jesus e faz dessa oblação um sacrifício novo, e de uma ordem absolutamente
superior, é a atitude profunda do coração do Senhor, o amor que Ele tem ao Pai
e que se manifesta na obediência à vontade d’Ele. Assim, o autor põe na boca de
Jesus, desde a sua entrada neste mundo, o versículo do salmo que testemunha
essa sua disposição de vir fazer a vontade do Pai e que vai ser cantado a
seguir à leitura.
Mc 3, 31-35: Nem a família de Jesus parece ter, a princípio, compreendido, em toda a profundidade, a sua pessoa e a sua missão. Mas Jesus, sem negar em nada os laços do sangue, proclama a profundidade ainda maior do parentesco espiritual, fruto da comunhão com a vontade de Deus. Por esta comunhão espiritual todos são chamados a entrar na família do Senhor.
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a
gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
15.00 horas:
Atendimento em Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
Mais de duzentos e cinquenta mil jovens de todos os continentes, de
todas as raças, línguas e culturas, de cento e cinquenta e cinco países,
incluindo trezentos e dezoito portugueses e mil jovens indígenas, participam
nas jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, dizem as notícias que nos
chegam. Milhares de outros, à distância, sentem-se em comunhão, acompanham e
rezam para que tudo corra pelo melhor e Cristo seja cada vez mais conhecido e
amado. A única força que a todos une e anima é a fé. Eles sabem que Jesus os
ama, que vai à sua frente, os espera e desafia ao que é justo e bom. E se toda
a gente procura sentido para a vida e para as coisas da vida, os jovens são
quem mais o faz. Querem ajudar a construir um mundo melhor, fazem perguntas e
procuram respostas, dentro e fora de si próprios. Aceitam propostas e desafios
que os ajude a crescer e a serem úteis e protagonistas do bem, construindo
pontes que aproximem e não muros que afastem. E nesta procura do mais e melhor,
tal como no caminho de Emaús (Lc 24, 13-35), Jesus faz-se encontrado e
companheiro de viagem, escuta com atenção, gera empatia, sabe dar espaço e
tempo, e logo se oferece para iluminar, fazer arder e transformar o coração de
cada um. Os jovens que têm o privilégio de fazer esta experiência do encontro
com Jesus, sentem-se atraídos pela Sua palava que é diferente, e pela Sua
figura que é verdadeiramente humana e divina. A Sua vida apresenta-se-lhes como
ideal porque livre e simples, feita de amizades sinceras e profundas, nunca
fechada para ninguém, sempre disponível ao dom e generosamente gasta ao serviço
dos irmãos. É uma provocação que interpela e encanta, que atrai e inspira, que
anima, conforta e responsabiliza a fazer escolhas que concorram “para o
desenvolvimento histórico do seu projeto de amor”. Sem manipular ninguém, sem
forçar e nada impor, Jesus age com amor e sempre no respeito pela liberdade de
todos, condição essencial para a verdade das escolhas quer no âmbito
profissional, social e político, quer no âmbito de outras decisões, mais
radicais, que configuram e orientam definitivamente a própria vida na sua
“singularidade irrepetível”. Aí, nesse entrelaçamento “entre a escolha divina e
a liberdade humana”, surge a própria vocação “como um dom de graça e de aliança,
como o segredo mais belo e precioso da nossa liberdade” (Sín. Doc. Final,78).
Sabemos que a cultura desta sociedade líquida, a cultura do provisório e
do descarte, do usa e deita fora, do tudo e já, bem como o medo das opções
definitivas, são más conselheiras, enfraquecem e desorientam muitos jovens.
Leva-os ao prolongamento da adolescência, ao adiamento de decisões e de opções
fundamentais, têm medo de arriscar, de aceitar os desafios da liberdade. É uma
cultura que bloqueia, paralisa ou instala no aparentemente mais fácil e mais
cómodo, o que não será, por certo, o mais útil. O fazer-se ao largo, o investir
com confiança, o assumir responsabilidades mesmo que no meio de erros,
tropeções, cabeçadas, falhanços e crises, são atitudes de gente livre e generosa
que vai fortalecendo a sua humanidade e se torna cada vez mais adulta e
consciente daquilo que é, na sua grandeza e fragilidade.
A Igreja olha para si mesma de modo especial nos jovens. Eles são a sua
esperança. Se é humana e pecadora, a Igreja também é divina e santa. Por isso,
ela “possui aquilo que constitui a força e o encanto dos jovens: a capacidade
de alegrar-se com o que começa, de dar-se sem nada exigir, de se renovar e de
partir sempre de novo para novas conquistas” (Mens. Conc.). Foi assim desde o
princípio. Desde sempre os jovens souberam dar razões da sua esperança, com
alegria e determinação. E mesmo que a incoerência e o fraco testemunho de
cristãos lhes coloquem algumas reticências, eles sempre viram a Igreja como a
guardiã de verdades e valores fundamentais, credíveis e a marcar a diferença,
os quais, mesmo que nem sempre fáceis de seguir, vale a pena conhecer, abraçar
e viver.
Sendo o homem o caminho fundamental da Igreja, compreende-se bem porque
é que a Igreja atribui importância especial ao período da juventude,
etapa-chave na vida de todos: “...porque sois fortes e a palavra de Deus
permanece em vós”, lemos na primeira carta de S. João e da qual se faz eco de
geração em geração. Eles são a juventude das nações e das sociedades, a juventude
de todas as famílias, da humanidade inteira, da Igreja. São o seu presente, o
seu futuro, a sua esperança, a sua força, são um bem que faz mexer e dá sabor e
beleza ao mundo. E tanto mais o são quanto mais forem jovens de cara lavada e
coração sincero, empenhados na construção de um mundo mais saudável e melhor,
contagiantes na alegria e na esperança.
A todos, crentes ou não crentes, e tal como ao jovem do Evangelho (Mt
19, 16-22), Jesus olha-os com amor, escuta-os com respeito e atenção, fala-lhes
aos ouvidos do coração, toca-lhes no ombro e desafia-os a serem seus discípulos
e suas testemunhas, aceitando-O como o Caminho, a Verdade e a Vida. E insiste:
chamo-vos amigos (Jo 15, 15), Eu estou à porta e bato (Ap 3, 20), porque sem
Mim nada podeis fazer (Jo 15, 5), Eu vim para que tenham vida e vida em
abundância (Jo 10, 10), digo-vos isto para que a minha alegria esteja em vós e
a vossa alegria seja completa (Jo 15, 11), tende coragem, Eu venci o mundo (Jo
16, 33).
Com São Paulo, cuja festa litúrgica celebramos, também cremos que: “nem
a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o
futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem
qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado
em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rom 8, 38-39).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 25-01-2019.
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