sábado, 29 de março de 2014

IV Domingo da Quaresma

LEITURA I 1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a
«David é ungido rei de Israel.»

Leitura do Primeiro Livro de Samuel
Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: «Enche a âmbula de óleo e parte. Vou enviar-te a Jessé de Belém, pois escolhi um rei entre os seus filhos». Quando chegou, Samuel viu Eliab e pensou consigo: «Certamente é este o ungido do Senhor». Mas o Senhor disse a Samuel: «Não te impressiones com o seu belo aspecto, nem com a sua elevada estatura, pois não foi esse que Eu escolhi. Deus não vê como o homem; o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração». Jessé fez passar os sete filhos diante de Samuel, mas Samuel declarou-lhe: «O Senhor não escolheu nenhum destes». E perguntou a Jessé: «Estão aqui todos os teus filhos?». Jessé respondeu-lhe: «Falta ainda o mais novo, que anda a guardar o rebanho». Samuel ordenou: «Manda-o chamar, porque não nos sentaremos à mesa, enquanto ele não chegar». Então Jessé mandou-o chamar: era ruivo, de belos olhos e agradável presença. O Senhor disse a Samuel: «Levanta-te e unge-o, porque é este mesmo». Samuel pegou na âmbula do óleo e ungiu-o no meio dos irmãos. Daquele dia em diante, o Espírito do Senhor apoderou-Se de David.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)


Ele me guia por sendas direitas
por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo 
me enchem de confiança.  Refrão

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e meu cálice transborda. Refrão

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão


LEITURA II Ef 5, 8-14
«Desperta e levanta-te do meio dos mortos, e Cristo brilhará sobre ti»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Outrora vós éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz, porque o fruto da luz é a bondade, a justiça e a verdade. Procurai sempre o que mais agrada ao Senhor. Não tomeis parte nas obras das trevas, que nada trazem de bom; tratai antes as denunciar abertamente, porque o que eles fazem em segredo até é vergonhoso dizê-lo. Mas todas as coisas que são condenadas são postas a descoberto pela luz, e tudo o que assim se manifesta torna-se luz. É por isso que se diz: «Desperta, tu que dormes; levanta-te do meio dos mortos e Cristo brilhará sobre ti».
Palavra do Senhor.

EVANGELHO  Jo 9, 1-41
«Eu fui, lavei-me e comecei a ver»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença. Os discípulos perguntaram-Lhe: «Mestre, quem é que pecou para ele nascer cego? Ele ou os seus pais?».
Jesus respondeu-lhes: «Isso não tem nada que ver com os pecados dele ou dos pais; mas aconteceu assim para se manifestarem nele as obras de Deus. É preciso trabalhar, enquanto é dia, nas obras d’Aquele que Me enviou. Vai chegar a noite, em que ninguém pode trabalhar. Enquanto Eu estou no mundo, sou a luz do mundo». Dito isto, cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e ficou a ver. Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que antes o viam a mendigar: «Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?». Uns diziam: «É ele». Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu». Perguntaram-lhe então: «Como foi que se abriram os teus olhos?». Ele respondeu: «Esse homem, que se chama Jesus, fez um pouco de lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: ‘Vai lavar-te à piscina de Siloé’. Eu fui, lavei-me e comecei a ver». Perguntaram-lhe ainda: «Onde está Ele?». O homem respondeu: «Não sei». Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. Era sábado esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles. Perguntaram então novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem respondeu: «É um profeta». Os judeus não quiseram acreditar que ele tinha sido cego e começara a ver. Chamaram então os pais dele e perguntaram-lhes: «É este o vosso filho? É verdade que nasceu cego? Como é que ele agora vê?». Os pais responderam: «Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como é que ele agora vê, nem sabemos quem lhe abriu os olhos. Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Foi por medo que eles deram esta resposta, porque os judeus tinham decidido expulsar da sinagoga quem reconhecesse que Jesus era o Messias. Por isso é que disseram: «Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Os judeus chamaram outra vez o que tinha sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus. Nós sabemos que esse homem é pecador». Ele respondeu: «Se é pecador, não sei. O que sei é que eu era cego e agora vejo». Perguntaram-lhe então: «Que te fez Ele? Como te abriu os olhos?». O homem replicou: «Já vos disse e não destes ouvidos. Porque desejais ouvi-lo novamente? Também quereis fazer-vos seus discípulos?». Então insultaram-no e disseram-lhe: «Tu é que és seu discípulo; nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés; mas este, nem sabemos de onde é». O homem respondeu-lhes: «Isto é realmente estranho: não sabeis de onde Ele é, mas a verdade é que Ele me deu a vista. Ora, nós sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aqueles que O adoram e fazem a sua vontade. Nunca se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer». Replicaram-lhe então eles: «Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no. Jesus soube que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n'Ele?». Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor». Então Jesus disse: «Eu vim a este mundo para exercer um juízo: os que não vêem ficarão a ver; os que vêem ficarão cegos». Alguns fariseus que estavam com Ele, ouvindo isto, perguntaram-Lhe: «Nós também somos cegos?». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis cegos, não teríeis pecado. Mas como agora dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece».

Palavra da salvação.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Passos do Senhor marcam a caminhada quaresmal em Nisa




No domingo de 23 de março a vila de Nisa assistiu à solene procissão de Nosso Senhor dos Passos. Esta festa, alusiva ao último caminho percorrido pelo Senhor Jesus na direcção ao Calvário, realiza-se, segundo longa tradição, no terceiro domingo da Quaresma, inscrevendo-se, de um modo indelével, no panorama religioso e social da Vila.


A Nosso Senhor dos Passos, Nossa Senhora das Dores e São João, levados nos respectivos andores, agregaram-se centenas de peregrinos que, nesta manifestação pública da fé, percorreram as ruas de Nisa entre a igreja Matriz e a capela do Calvário. Por meio das orações, cânticos e peças musicais, o cortejo visitou e deteve-se nas sete estações da Via Sacra denominados como “os passos do Senhor”.

O “sermão” da festa ficou ao cargo do Pe. António Augusto Leite – Superior Provincial dos Missionários do Verbo Divino – que, de uma forma calorosa e efusiva ajudou os presentes a considerar o sentido profundo da caminhada humana, durante a qual somos acompanhados por um Deus de amor e pela ternura de Sua e nossa Mãe.

Os nossos agradecimentos a todos os envolvidos na preparação e realização dos “Passos do Senhor 2014” , designadamente a Equipa Coordenadora, a todos os particulares, aos acólitos, cantores e leitores.
















Palavras de agradecimento à Banda Musical Nisense que solenizou toda a procissão e à Guarda Nacional Republicana que garantiu um percurso ordeiro e seguro.



A todos os leitores e a toda a comunidade paroquial desejamos um percurso quaresmal cheio de significado, assim como os seus frutos pascais!

sábado, 22 de março de 2014

PROCISSÃO DO PASSOS - 23/03/2014


10h.30 - Procissão do Calvário para a Igreja Matriz
11h00 - Missa na Igreja Matriz
16h00 - Solene Procissão do Senhor dos Passos pelas ruas da Vila

III Domingo da Quaresma

LEITURA I Ex 17, 3-7
«Dá-nos água para beber»

Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, o povo israelita, atormentado pela sede, começou a altercar com Moisés, dizendo: «Porque nos tiraste do Egipto? Para nos deixares morrer à sede, a nós, aos nossos filhos e aos nossos rebanhos?». Então Moisés clamou ao Senhor, dizendo: «Que hei-de fazer a este povo? Pouco falta para me apedrejarem». O Senhor respondeu a Moisés: «Passa para a frente do povo e leva contigo alguns anciãos de Israel. Toma na mão a vara com que fustigaste o Rio e põe-te a caminho. Eu estarei diante de ti, sobre o rochedo, no monte Horeb. Baterás no rochedo e dele sairá água; então o povo poderá beber». Moisés assim fez à vista dos anciãos de Israel. E chamou àquele lugar Massa e Meriba, por causa da altercação dos filhos de Israel e por terem tentado o Senhor, ao dizerem: «O Senhor está ou não no meio de nós?».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 94 (95), 1-2.6-7.8-9 (R. cf. 8)


Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos a Deus, nosso salvador.
Vamos à sua presença e dêmos graças,
ao som de cânticos aclamemos o Senhor. Refrão

Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
Pois Ele é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão

Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:
«Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, como no dia de Massa no deserto,
onde vossos pais Me tentaram e provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras. Refrão


LEITURA II Rom 5, 1-2.5-8
«O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Tendo sido justificados pela fé, estamos em paz com Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual temos acesso, na fé, a esta graça em que permanecemos e nos gloriamos, apoiados na esperança da glória de Deus. Ora, a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo determinado. Dificilmente alguém morre por um justo; por um homem bom, talvez alguém tivesse a coragem de morrer. Mas Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores.
Palavra do Senhor.

EVANGELHO  Jo 4, 5-42
«Fonte da água que jorra para a vida eterna»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José, onde estava o poço de Jacob. Jesus, cansado da caminhada, sentou-Se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria para tirar água.
Disse-lhe Jesus: «Dá-Me de beber». Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Respondeu-Lhe a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?». De facto, os judeus não se dão com os samaritanos. Disse-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: ‘Dá-Me de beber’, tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva». Respondeu-Lhe a mulher: «Senhor, Tu nem sequer tens um balde, e o poço é fundo: donde Te vem a água viva? Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos e os seus rebanhos?». Disse-Lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede. Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna». «Senhor, – suplicou a mulher – dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede e não tenha de vir aqui buscá-la». Disse-lhe Jesus: «Vai chamar o teu marido e volta aqui». Respondeu-lhe a mulher: «Não tenho marido». Jesus replicou: «Disseste bem que não tens marido, pois tiveste cinco e aquele que tens agora não é teu marido. Neste ponto falaste verdade». Disse-lhe a mulher: «Senhor, vejo que és profeta. Os nossos antepassados adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar». Disse-lhe Jesus: «Mulher, acredita em Mim: Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora – e já chegou – em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá-l’O em espírito e verdade». Disse-Lhe a mulher: «Eu sei que há-de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo. Quando vier, há-de anunciar-nos todas as coisas». Respondeu-lhe Jesus: «Sou Eu, que estou a falar contigo». Nisto, chegaram os discípulos e ficaram admirados por Ele estar a falar com aquela mulher, mas nenhum deles Lhe perguntou: «Que pretendes?», ou então: «Porque falas com ela?». A mulher deixou a bilha, correu à cidade e falou a todos: «Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será Ele o Messias?». Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus. Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo: «Mestre, come». Mas Ele respondeu-lhes: «Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis». Os discípulos perguntavam uns aos outros: «Porventura alguém Lhe trouxe de comer?». Disse-lhes Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que Me enviou e realizar a sua obra. Não dizeis vós que dentro de quatro meses chegará o tempo da colheita? Pois bem, Eu digo-vos: Erguei os olhos e vede os campos, que já estão loiros para a ceifa. Já o ceifeiro recebe o salário e recolhe o fruto para a vida eterna e, deste modo, se alegra o semeador juntamente com o ceifeiro. Nisto se verifica o ditado: ‘Um é o que semeia e outro o que ceifa’. Eu mandei-vos ceifar o que não trabalhastes. Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho». Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz». Por isso os samaritanos, quando vieram ao encontro de Jesus, pediram-Lhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias. Ao ouvi-l’O, muitos acreditaram e diziam à mulher: «Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo».

Palavra da salvação.


sábado, 15 de março de 2014

II Domingo da Quaresma

LEITURA I Gen 12, 1-4a
«Vocação de Abraão, pai do povo de Deus»

Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, o Senhor disse a Abraão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei; engrandecerei o teu nome e serás uma bênção. Abençoarei a quem te abençoar, amaldiçoarei a quem te amaldiçoar; por ti serão abençoadas todas as nações da terra». Abraão partiu, como o Senhor lhe tinha ordenado.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 4-5.18-19.20.22 (R. 22)


A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão

Os olhos do Senhor estão voltados
para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão


LEITURA II 2 Tim 1, 8b-10
«Deus nos chama e ilumina»

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo
Caríssimo: Sofre comigo pelo Evangelho, apoiado na força de Deus. Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas obras, mas do seu próprio desígnio e da sua graça. Esta graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, desde toda a eternidade, manifestou-se agora pelo aparecimento de Cristo Jesus, nosso Salvador, que destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade, por meio do Evangelho.
Palavra do Senhor.

EVANGELHO Mt 17, 1-9
«O seu rosto ficou resplandecente como o sol»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito. Então Jesus aproximou-Se e, tocando-os, disse: «Levantai-vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».

Palavra da salvação.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Morte do D. José Policarpo, o Cardeal do Diálogo e da Esperança

Patriarca emérito de Lisboa morreu na sala de operações quando estava a ser operado a um aneurisma da aorta. O funeral decorre esta sexta-feira, às 16h00, na Sé de Lisboa.



D. José Policarpo participava num retiro de bispos, em Fátima, quando se sentiu mal e foi de emergência para Lisboa onde lhe foi detectado um aneurisma na aorta. Morreu na sala de operações, durante a intervenção cirúrgica de emergência a que foi submetido no Hospital do SAMS. Tinha 78 anos. As exéquias do patriarca emérito de Lisboa realizam-se esta sexta-feira, na Sé de Lisboa, a partir das 16h00, sendo depois sepultado no Panteão dos Patriarcas, em S. Vicente de Fora.

D. José Policarpo foi, até 18 de Maio de 2013, cardeal patriarca de Lisboa, cargo que ocupava desde 1998, o que contribuiu para se destacar como uma das principais figuras da Igreja Católica em Portugal. Participou em dois conclaves: no de Abril de 2005, que elegeu Bento XVI, e no de Março de 2013, que culminou na escolha do Papa Francisco. Foi, ele próprio, dado como possível ocupante do maior cargo da Igreja Católica. Em 2005, antes da eleição de Ratzinger, chegou a ser caricaturado pela imprensa internacional com uma nuvem de fumo à sua volta, por causa dos cigarros que fumava compulsivamente.

Mas era muito mais do que isso. Era “um homem corajoso, que não pedia licença para dizer o que pensava”, recorda o presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, Fernando Soares Loja.

Bruto da Costa, da Comissão Justiça e Paz, conheceu bem D. José. “Lidei com ele muitos anos, desde a altura em que ele era bispo auxiliar, e a notícia apanhou-me de surpresa. Em muitas ocasiões colaborei com ele e devo-lhe gestos de amizade pessoal.” Recorda um: “Há muitos anos ele deu conta de que eu não tinha carro e dispôs-se a emprestar-me o carro pessoal dele. Não tive gestos destes de muita gente”. Mas, sobretudo, Bruto da Costa sublinha “os gestos de diálogo” que Policarpo revelou ao longo da vida, nomeadamente “com o mundo não crente”. “Era um intelectual e respeitado como tal. [A sua morte] é uma grande perda para a Igreja e para a sociedade portuguesa.”

Sobre as polémicas, em alguns momentos, dentro e fora da Igreja, diz que D. José Policarpo “era um homem culto, de uma elevada intelectualidade na forma como fundamentava as suas posições e que sabia que as divergências fazem parte da vida e que a igreja se define como um espaço de diálogo”.

Carreira das Neves, um ano mais novo do que D. José Policarpo, foi seu amigo e colega, nomeadamente como professor, em diferentes ocasiões: “Era um homem superiormente inteligente, muito dedicado. Como padre, era um pai para os padres das suas dioceses”, nota, recordando várias ocasiões em que, como patriarca de Lisboa, D. José aparecia nas igrejas sem se fazer anunciar “para falar e ajudar a resolver problemas”. “Aparecia quando menos esperavam.”

“D. José tinha coisas muito interessantes e era um homem muito aberto”, continua o padre Carreira das Neves. Era um “democrata” que revelava “uma grande capacidade de ouvir os outros”, um homem “aberto” e, por vezes, “polémico”. E uma das polémicas deu bastante que falar: “Há uns anos, numas conferências na Figueira da Foz, num momento de intervalo, quando pensava que não estava a ser gravado, alguém lhe perguntou sobre a possibilidade de as mulheres serem ordenadas padres. Ele disse que era uma questão em aberto, e que mais cedo ou mais tarde isso acabaria por acontecer. As suas palavras chegaram ao Vaticano, que não gostou nada.”

D. José Policarpo era, porém, pouco dado a fracturas. Aliás, poucos dias depois de ter reiterado, numa entrevista publicada no boletim da Ordem dos Advogados, em Julho de 2011, que não via nenhum obstáculo teológico fundamental ao sacerdócio feminino, viria desdizer-se publicamente, convidando os católicos a “acatarem o magistério” da Igreja que interditava essa possibilidade. “Podem pensar que esta atitude tem o sabor do acomodamento, mas considero que revelou um grande sentido de coragem e de humildade intelectual”, recorda, a propósito, D. Januário Torgal Ferreira.

O bispo emérito das Forças Armadas prefere assim sublinhar a capacidade de D. José Policarpo se pôr ao serviço da Igreja, “sempre em diálogo aberto com a sociedade”. “Ele sempre se esforçou para que determinadas posições da Igreja fossem mais além e, não o sendo, foi muitas vezes acusado de ser conservador. Mas penso que, como cardeal, ele sentia que tinha que guardar um tipo de fidelidade que não era coadunável com a elasticidade mental que o caracterizava”, acrescentou D. Januário, sobre alguém a quem imputa uma “atitude de extrema atenção ao mundo”.

Colega de D. José Policarpo na Universidade Gregoriana de Roma, o teólogo Anselmo Borges desfaz a imagem de alguém pouco caloroso, algo distante até na expressão. “Quem o conhecia de perto, sabia que era um homem muito caloroso, culto, aberto ao mundo, dialogante”, caracterizou ao PÚBLICO. “Não era de muitos sorrisos, mas nunca o vi como alguém de expressão dura”, confirma o cónego António Pereira Rego, elogiando-lhe o “sentido de humor finíssimo” que nem sempre transparecia “na forma como se apresentava”.

À SIC Notícias, o ex-ministro das Finanças, Bagão Félix, confirmou o carácter “afável” de D. José Policarpo. “Podia parecer algo distante mas era, pelo contrário, muito caloroso e de grande mansidão”, declarou, para acrescentar: “Era suficientemente ortodoxo do ponto de vista da fé, mas não tão ortodoxo que não permitisse alguma liberdade aos fiéis”. Uma impressão corroborada também por António Pereira Rego. “Se era progressista ou conservador em questões como o divórcio, a contracepção ou o aborto? É evidente que um cardeal não pode ser conservador nem progressista, porque as coisas são o que são, mas ele não acusava nem condenada ninguém, podia não estar de acordo mas, tal como mandava Santo Agostinho, detestava o pecado e amava o pecador”.

Não era retórica. O cónego António Janela, que se cruzou com D. Policarpo no Colégio Português, em Roma, no final da década de 1960, início da de 1970, recorda “os “anos muito duros” quando o então ainda padre José Policarpo foi encarregue pelo ainda cardeal Cerejeira para dirigir o seminário dos Olivais, em Lisboa. Foram os anos que se seguiram ao Concílio Vaticano II” e aos anos do Estado Novo, com padres a abandonar a Igreja Católica ou a serem afastados por não concordarem politicamente com a ditadura, por exemplo. Décadas mais tarde, é D. José que os reintegra e, em 1998, chega mesmo a celebrar o matrimónio do ex-sacerdote Felicidade Alves.

Durante as décadas em que esteve à frente do seminário foi “uma figura marcante” na formação dos futuros padres, recorda ainda António Janela, actualmente na paróquia do Coração de Jesus, em Lisboa. D. António Ribeiro, o então Patriarca de Lisboa tinha “enorme confiança” em Policarpo e, sabendo que este seria nomeado para ser bispo do Porto, pediu directamente a Roma que José ficasse como seu co-adjutor com direito a sucessão. Assim foi. Depois da morte de António Ribeiro, em 1998, Policarpo sucede-lhe à frente dos destinos de Lisboa.

Actualmente, D. José Policarpo encontrava-se em Sintra e sentir-se-ia “um pouco isolado”. Depois de tantos anos de mundo, “é difícil a adaptação, mas queria fazer um centro de espiritualidade e disse que o Papa o tinha encarregado de uma missão, sobre a qual não podia falar, mas era uma missão noutro país”, conta António Janela. “Ele estava ainda numa fase de adaptação à sua nova vida”, confirma o cónego António Pereira Rego. “Sempre disse que queria ter tempo para se recolher, reflectir e para escrever”. Teve menos de um ano para o fazer. 



Que D. José Policarpo descanse em Paz!

domingo, 9 de março de 2014

Reunião ordinária do Conselho Pastoral Paroquial


No passado mês de Fevereiro reuniu, no centro pastoral do Calvário, o Conselho Pastoral Paroquial das paróquias de Nisa. Este conselho é representativo de todos os movimentos paroquiais existentes e, de acordo com as orientações jurídicas da Igreja (Código do Direito Canónico), desempenha um papel de relevância da vida de uma paróquia, através do processo de reflexão e avaliação da realidade paroquial. Tendo um carácter consultivo, é reflexo das “forças vivas” de cada comunidade paroquial.


A sessão ordinária do dia foi dedicada a uma série de assuntos correntes, assim como à projecção das actividades futuras.
Como já é habitual, foi proposto aos conselheiros presentes um tema de estudo, nomeadamente a questão da família, matrimónio e das situações não regulares (os divorciados, os recasados, uniões de facto, etc.).

A reflexão e a partilha que se seguiu visaram um melhor conhecimento da posição da Igreja neste tipo de situações, tendo por base a Palavra de Deus, a prática da Igreja dos primeiros séculos e a voz do Magistério (ensinamento actual da Igreja). Uma das afirmações recolhidas do debate é a de que a família, em qualquer situação, “deve ser ajudada pelos pastores e pela comunidade com caridade solícita, e os fiéis que se encontram em situações irregulares - envolvidos em diversos serviços da paróquia”

A próxima reunião deste Conselho ficou agendada para o mês de Maio.

sábado, 8 de março de 2014

I Domingo da Quaresma

LEITURA I Gen 2, 7-9; 3, 1-7
«A criação e o pecado dos nossos primeiros pais»

Leitura do Livro do Génesis
O Senhor Deus formou o homem do pó da terra, insuflou em suas narinas um sopro de vida, e o homem tornou-se um ser vivo. Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente, e nele colocou o homem que tinha formado. Fez nascer na terra toda a espécie de árvores, de frutos agradáveis à vista e bons para comer, entre as quais a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal. Ora, a serpente era o mais astucioso de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: «É verdade que Deus vos disse: ‘Não podeis comer o fruto de nenhuma árvore do jardim’?». A mulher respondeu: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus avisou-nos: ‘Não podeis comer dele nem tocar-lhe, senão morrereis’». A serpente replicou à mulher: «De maneira nenhuma! Não morrereis. Mas Deus sabe que, no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como deuses, ficando a conhecer o bem e o mal». A mulher viu então que o fruto da árvore era bom para comer e agradável à vista, e precioso para esclarecer a inteligência. Colheu fruto da árvore e comeu; depois deu-o ao marido, que comeu juntamente com ela. Abriram-se então os seus olhos e compreenderam que estavam despidos. Por isso, entrelaçaram folhas de figueira e cingiram os rins com elas.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.5-6a.12-13.14.17 (R. cf. 3a)

  
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia,
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas. Refrão

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos. Refrão

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade. Refrão

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Abri, Senhor, os meus lábios
e a minha boca cantará o vosso louvor. Refrão


LEITURA II – Forma longa Rom 5, 12-19
«Onde abundou o pecado, superabundou a graça»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte atingiu todos os homens, porque todos pecaram. De facto, até à Lei, existia o pecado no mundo. Mas o pecado não é levado em conta, se não houver lei. Entretanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo para aqueles que não tinham pecado por uma transgressão à semelhança de Adão, que é figura d’Aquele que havia de vir. Mas o dom gratuito não é como a falta. Se pelo pecado de um só todos pereceram, com muito mais razão a graça de Deus, dom contido na graça de um só homem, Jesus Cristo, se concedeu com abundância a todos os homens. E esse dom não é como o pecado de um só: o julgamento que resultou desse único pecado levou à condenação, ao passo que o dom gratuito, que veio depois de muitas faltas, leva à justificação. Se a morte reinou pelo pecado de um só homem, com muito mais razão, aqueles que recebem com abundância a graça e o dom da justiça, reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo. Porque, assim como pelo pecado de um só, veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só, virá para todos a justificação que dá a vida. De facto, como pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim também, pela obediência de um só, todos se tornarão justos.
Palavra do Senhor.

EVANGELHO Mt 4, 1-11
«Jesus jejua durante quarenta dias e é tentado»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Diabo. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’».
Então o Diabo conduziu-O à cidade santa, levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’». Respondeu-lhe Jesus: «Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». De novo o Diabo O levou consigo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo deixou-O e aproximaram-se os Anjos e serviram-n'O.

Palavra da salvação.

terça-feira, 4 de março de 2014

Inicio da Quaresma - Quarta-Feira de Cinzas

A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efémera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.


Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos ou quarenta e seis dias contando os domingos. 

Alguns cristãos tratam a quarta-feira de cinzas como um dia para se lembrar a mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas pelo padre que preside à cerimónia. O padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa até ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus. No Catolicismo Romano é um dia de jejum e abstinência.

sábado, 1 de março de 2014

VIII Domingo do Tempo Comum

LEITURA I Is 49, 14-15
«Eu não te esquecerei»

Leitura do Livro de Isaías
Sião dizia: «O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim». Poderá a mulher esquecer a criança que amamenta e não ter compaixão do filho das suas entranhas? Mas ainda que ela se esquecesse, Eu não te esquecerei.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 61 (62), 2-3.6-7.8-9ab (R. 6a)


Só em Deus descansa a minha alma,
d’Ele me vem a salvação.
Ele é meu refúgio e salvação,
minha fortaleza: jamais serei abalado. Refrão

Minha alma, só em Deus descansa:
d’Ele vem a minha esperança.
Ele é meu refúgio e salvação,
minha fortaleza: jamais serei abalado. Refrão

Em Deus está a minha salvação e a minha glória,
o meu abrigo, o meu refúgio está em Deus.
Povo de Deus, em todo o tempo ponde n’Ele 
a vossa confiança,
desafogai em sua presença os vossos corações. Refrão


LEITURA II 1 Cor 4, 1-5
«O Senhor manifestará o desígnio dos corações»

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Todos nos devem considerar como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora o que se requer nos administradores é que sejam fiéis. Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por um tribunal humano; nem sequer me julgo a mim próprio. De nada me acusa a consciência, mas não é por isso que estou justificado: quem me julga é o Senhor. Portanto, não façais qualquer juízo antes do tempo, até que venha o Senhor, que há-de iluminar o que está oculto nas trevas e manifestar os desígnios dos corações. E então cada um receberá da parte de Deus o louvor que merece.
Palavra do Senhor.

EVANGELHO Mt 6, 24-34
«Não vos inquieteis com o dia de amanhã»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso vos digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura? E porque vos inquietais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam; mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós,
homens de pouca fé? Não vos inquieteis, dizendo: ‘Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?’ Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de ama­nhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado».

Palavra da salvação.